segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A PONTO DE OU AO PONTO DE???

A diferença entre “a ponto de” e “ao ponto de” é fácil:

• Você só irá utilizar “ao ponto de” quando “ponto” for substantivo, lembrando que a preposição “de” não precisa aparecer sempre. Veja:

a) Os pilotos voltaram ao ponto de partida. (ao local de início)
b) Eleve a temperatura ao ponto de ebulição.
c) Quero meu bife ao ponto. (medianamente cozido)

Podemos comparar essa última oração com outra: Quero meu macarrão ao dente. Você já ouviu esta expressão “ao dente”? Pois quer dizer a mesma coisa que “ao ponto”, ou seja, nem cru, nem muito cozido.

• Use “a ponto de” quando essa locução tiver significado de “prestes”, “próximo a”, “na iminência de”, “de tal modo que”. Observe:

a) Ele estava a ponto de morrer sufocado.
b) Ela estava a ponto de perder a paciência. (e não ao ponto de)
c) Ele foi capaz de induzir as pessoas a ponto de haver uma guerra.

Piada de político - A caixa de madeira

Em pleno mercado público, em dia de feira, aproveitou-se um candidato a vereador em sua cidade para fazer um comício de improviso. Subiu rápidamente num caixote de madeira que alí estava e começou a soltar o verbo!

Mas, para sua surpresa, o povão que alí estava não ligou nadinha pra o que ele falava, desprezando-o.

O político, observando o esvaziar de pessoas à sua frente, ficou vermelho de vergonha e raiva.

Prestando mais atenção viu que todos se foram, com exceção de um homem, que se mantinha alí na sua frente, de braços cruzados, o olhando fixamente.

Tal foi sua admiração pela postura do homem que se sentiu na obrigação de lhe agradecer e, assim, lhe dirigiu a seguinte pergunta:

- Meu amigo, você merece tudo de mim! Você, sim, merece meu respeito e minha consideração! Peça o que quiser meu rapaz que lhe darei tudo que for possível!

No que o homem responde:

- Doutor, eu só quero mesmo é que você me devolva a minha caixa de madeira promo'deu ir m'imbora c'as minhas verdura!

Cidadãos com cidadania - Ruy Castro

Artigo do Ruy Castro publicado na Folha de S. Paulo de 19 de maio de 2008. Reflexão necessária, texto curto e direto. Lá vai:

Um chiclete ou toco de cigarro jogado na rua atrai outro chiclete ou toco de cigarro. Uma garrafa pet atirada na pista pela janela de um carro induz a que outro cretino, passando de carro, atire outra garrafa. Um monte de lixo não recolhido na calçada leva o indivíduo a despejar mais lixo na calçada, achando que o ponto está liberado para vazadouro.
Uma faixa com os dizeres "Maricotinha, te amo" ou "Obrigado a santo Agapito pela graça alcançada", estendida de poste a poste, de um lado a outro da rua, estimula que alguém pendure outras faixas apregoando "Vendem-se túmulos" ou "Jazigos abaixo do custo", como já vi perto de cemitérios, penduradas de árvore a árvore.
Uma tabuleta na porta de um açougue prometendo "Coxão mole a xis reais o quilo", empatando metade da calçada, é um convite a que farmácias, lanchonetes, locadoras de vídeo etc. atravanquem o resto da via pública com seus anúncios. Um carro estacionado com duas rodas no passeio está a um passo de botar as outras duas rodas no passeio e interrompê-lo de vez.
Uma pichação na fachada de um prédio leva outro pichador a emporcalhar o prédio ao lado ou a tentar competir com o primeiro, pichando os andares mais altos. Um grafiteiro autorizado a cobrir uma parede com seus horrendos desenhos estará apenas se prevalecendo da coação que sua categoria impõe ao poder público -ou este libera o grafite, por ser uma "arte", ou os grafiteiros vão na marra e pintam do mesmo jeito.
Tanta imundície revela abandono e é uma porta aberta para a criminalidade -bandidos sentem-se bem em meio a ela. Algumas prefeituras fazem sua parte, mas os cidadãos precisam ajudar, exercendo a cidadania. Embora pertença a todos, o espaço público não é a casa-da-mãe-joana.

SAUDAÇÃO AO JUAZEIRO DO NORTE - PATATIVA DO ASSARÉ



Mesmo sem eu ter estudo
Sem ter do colégio o bafejo
Juazeiro, eu te saúdo
Com meu verso sertanejo.
Cidade de grande sorte,
De Juazeiro do Norte
Tens a denominação,
Mas tem nome verdadeiro
Será sempre Juazeiro
De Padre Cícero Romão.

O Padre Cícero Romão
Que, por vocação celeste,
Foi, com direito e razão,
O Apóstolo do Nordeste.
Foi ele o teu protetor
Trabalhou com grande amor,
Lutando sempre de pé
Quando vigário daqui
Ele semeou em ti
A sementeira da fé.

E com milagre estupendo
A sementeira nasceu,
Foi crescendo, foi cerscendo,
Muito ao longe se estendeu
Com a virtude regada
Foi mais tarde transformada
Em árvore frondosa e rica.
E com a luz medianeira
Inda hoje a sementeira
Cresce, flora e frutifica.

Juazeiro, Juazeiro,
Jamais a adversidade
Extinguirá o luzeiro
De tua comunidade.
Morreu o teu protetor,
Porém a crença no amor
Vive e cada coração
E é com razão que me expresso
Tu deves o teu progresso
Ao Padre Cícero Romão.

Aquele ministro amado
Que tanto favor nos fez,
Conselheiro consagrado
E o doutor do camponês,
Contradizer não podemos
E jamais descobriremos
O prodígio que ele tinha.
Segundo a popular crença,
Curava qualquer doença,
Com malva branca e jarrinha.

Juazeiro, Juazeiro,
Tua vida e tua história
Para o teu povo romeiro
Merece um padrão de glória.
De alegria tu palpitas,
Ao receber as visitas
De longe, de muito além.
Grande glória tu viveste!
Do nosso caro Nordeste
Tu és a Jerusalém.

Sempre me lembro e relembro,
Não hei de me deslembrar:
O dia 2 de novembro,
Tua festa espetacular,
Pois vêm de muitos Estados
Os carros superlotados
Conduzindo passageiros
E jamais será feliz
Aquele que contradiz
A devoção dos romeiros.

No lugar onde se achar
Um fervoroso romeiro,
Ai daquele que falar
Contra ou mal, do Juazeiro.
Pois entre os devotos crentes,
Velhos, moços, inocentes,
A piedade é comum,
Porque o santo reverendo
Se encontra ainda vivendo
No peito de cada um.

Tu, Juazeiro, és o abrigo
Da devoção e da piedade.
Eu te louvo e te bendigo
Por tua felicidade,
Me sinto bem, quando vejo
Que tu és do sertanejo
A cidade predileta.
Por tudo quanto tu tens
Recebe estes parabéns
Do coração de um poeta.

SINAL FECHADO - Paulinho da Viola




Olá, como vai ?
Eu vou indo e você, tudo bem ?
Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você ?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranquilo, quem sabe ...
Quanto tempo... pois é...
Quanto tempo...
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios
Oh! Não tem de quê
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona ?
Precisamos nos ver por aí
Pra semana, prometo talvez nos vejamos
Quem sabe ?
Quanto tempo... pois é... (pois é... quanto tempo...)
Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso
Beber alguma coisa, rapidamente
Pra semana
O sinal ...
Eu espero você
Vai abrir...
Por favor, não esqueça,
Adeus...

Última Parada 174



Última Parada 174
Última Parada 174 (Brasil/2008)

Última Parada 174

Direção: Bruno Barreto

Roteiro: Bráulio Mantovani

Elenco: Michel Gomes (Sandro), Cris Vianna (Marisa), Marcello Melo Jr. (Alê Monstro), Gabriela Luiz (Soninha), Anna Cotrim (Walquiria), Tay Lopes (Jaziel), Douglas Silva (Patola), Rafael Logan (Meleca), André Ramiro (Policial negociador), Alessandra Cabral (Geni), Teresa Xavier (Selma)

[Veja os participantes de "Última Parada 174"]

Duração: 110 min.

Gênero: Drama

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Nota dos Colunistas: ( 3 )
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"Quem não tem nada a perder não sabe quando parar."
Desde a tão aclamada Retomada do cinema nacional, os dramas sobre a violência urbana nas grandes cidades brasileiras têm sido centrais. “Cidade de Deus” definiu o gênero; o recente “Tropa de Elite” renovou mostrando um novo ponto de vista para a questão; e várias produções se acomodaram entre estes dois ícones da cinematografia recente. Muitas produções, apesar de não terem alcançado o prestígio daquelas supracitadas, trouxeram elementos novos ao gênero, mantendo a questão social e a criatividade do cinema brasileiro vivos. Este não é o caso de “Última Parada 174”. Perdido nesse gênero tão explorado, o filme de Bruno Barreto consegue ser surpreendente apenas em sua capacidade de ser absolutamente igual a todos os outros.
Tudo bem que “Última Parada 174” tem seus méritos. Trata-se de algo mais que uma ficção, misturando elementos de uma realidade dolorosamente próxima ao remoer o chocante acontecimento do ônibus 174 e também da chacina da Candelária. Também ganha pontos ao adicionar elementos de ficção que constroem e aprofundam o jovem que tomou de refém uma linha de passageiros na zona sul do Rio. O elenco também foi bem escolhido, com Michel Gomes, o jovem da comunidade de Padre Miguel que interpreta Sandro, roubando a cena no filme (também merecem destaque as atrizes Anna Cotrim e Cris Vianna). Mas enquanto em “Última Parada 174” a ficção serve para enriquecer a história desta personagem, ela também serve como desculpa para um melodrama digno de novela das oito. E aí se encontra o grande problema do filme. Em especial ao mostrar a relação de Sandro com uma ONG que serve comida para os garotos da rua, a história se perde em lições de moral, segundas chances e a oportunidade de sair da vida de crimes e drogas. Pelo menos o filme evita o moralismo barato e tem a coragem de mostrar Sandro como um bandido viciado que toma a decisão de continuar na vida do crime mesmo com as oportunidades que lhe são oferecidas. Em “Última Parada 174” não é a sociedade que fez Sandro puxar a arma naquele ônibus, foi ele mesmo e o filme merece palmas por isso.
Tecnicamente não há grandes destaques no filme de Barreto, que segue uma edição simples e sóbria. Um detalhe que chama a atenção foi o uso de câmeras de televisão para as filmagens externas na seqüência do seqüestro do ônibus, recriando as imagens vistas pelos brasileiros na televisão. Enfim, trata-se de um filme bem produzido, bem atuado, mas totalmente comum. Coço a cabeça tentando descobrir porque ele desbancou tantos trabalhos mais relevantes em nossa indicação ao Oscar 2009.

As alucinantes noites dos camicases


Um novo perfil de paciente chega ao consultório dos
infectologistas: jovens com menos de 25 anos que,
embalados por álcool e drogas, deixam a camisinha
de lado e se contaminam com o HIV


Adriana Dias Lopes
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"Sempre soube da importância da camisinha. Minha mãe insistia para que eu nunca saísse de casa sem ela. Certa vez, na escola, uma professora demonstrou como usar o preservativo. Achei patético. Aquilo não era para mim. No fundo, achava que aids era coisa de gay. Aos 16 anos, no início da minha vida sexual, eu até usava camisinha, com medo de engravidar as meninas. Depois, desencanei por causa da bebida. Sob o efeito da cerveja e do uísque, aí é que a camisinha não saía mesmo do meu bolso. Meus amigos também agem assim. Há três semanas eu descobri que tenho o vírus HIV. É óbvio que eu tomei um susto. Mas agora estou mais tranqüilo. Daqui a uns dias vou começar a tomar o coquetel contra a aids. Sei que terei uma vida normal."
O relato do estudante paulistano A.K., de 21 anos, é aterrador. Impressiona pelo descaso com o sexo seguro e, agora, pelo modo como enfrenta a infecção pelo HIV. Ele não é uma exceção. Rapazes e moças como A.K. se tornaram figuras freqüentes nos consultórios dos grandes infectologistas brasileiros: jovens de classe média, com menos de 25 anos, contaminados pelo vírus da aids em baladas regadas a muito álcool e drogas. "Em 28 anos de consultório, nunca vi tamanho desdém pela proteção sexual", diz Artur Timerman, infectologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. "E esse descaso é provocado pelo abuso de bebidas alcoólicas e substâncias entorpecentes." Oficialmente, a ocorrência de aids entre os jovens de 13 a 24 anos mantém-se estável nos últimos cinco anos. Eles representam 10% do total de infectados no país a cada ano, o que equivale a cerca de 3.000 casos. "Mas é urgente que essa rapaziada mude de comportamento já", alerta o infectologista David Uip, do Hospital Sírio-Libanês. "Do contrário, prevejo uma explosão da contaminação por HIV entre os jovens." Até recentemente, os portadores do vírus com menos de 25 anos que chegavam ao consultório de Uip eram, no máximo, três por ano. De 2007 para cá, o médico passou a atender, em média, um paciente com o mesmo perfil por mês. "Estou estarrecido com a postura camicase desses garotos", afirma o infectologista.
Em algumas situações, o comportamento irresponsável adquire contornos suicidas. Comum entre os gays americanos desde os anos 90, vem ganhando força no Brasil a prática do bare-backing, em que homossexuais masculinos se expõem voluntariamente ao vírus da aids em relações sem proteção. A expressão barebacking pode ser traduzida como "cavalgada sem sela". Nessa roleta-russa da aids, um portador do HIV é chamado a participar de uma orgia. Ele pode ou não receber dinheiro por isso. Quando é contratado, o valor fica em torno de 3.000 reais. Batizado de "gift" (presente, em inglês), o soropositivo não é identificado. Todos os outros convidados, porém, sabem que na festinha há pelo menos um portador do HIV – e se divertem com o risco de ser infectados. Essa maluquice é protagonizada, em geral, por homens de 16 a 30 anos. Aos 48 anos, R.F. está contaminado há quinze. Já participou de uma dezena de barebackings. Num deles, foi o "presente", mas pediu para ser identificado. "Apesar do lenço vermelho amarrado no braço, o que denunciava o HIV, muitos quiseram ter relações comigo sem camisinha", conta R.F. 
 
Istockphoto.com
 
Campanha antiaids
Cartaz de alerta sobre os riscos oferecidos pelo crystal, droga muito disseminada entre os gays americanos: "Basta uma noite com o crystal para jogar fora anos de sexo seguro"
As drogas que alavancam o comportamento sexual irresponsável – tanto de homossexuais como de heterossexuais – podem ser pesadíssimas. Além da onipresente cocaína, consome-se bastante o chamado special K, um anestésico de cavalo com efeito alucinógeno arrebatador. Outra droga que começa a despontar no Brasil é o crystal. Derivado da anfetamina, ele é muito comum nas festas gays. Nos Estados Unidos, onde o seu uso está amplamente disseminado, o crystal é alvo de campanhas antiaids por favorecer enormemente o sexo sem proteção. Um estudo publicado no Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes mostra que o crystal aumenta em 46% o risco de infecção pelo HIV. O álcool, por sua vez, quando consumido em excesso, quintuplica a probabilidade de um jovem fazer sexo sem proteção. Com a palavra a gaúcha C.A., secretária de 28 anos:
"O abuso de bebida na adolescência me levou a ter aids. Quando completei 18 anos, conheci um cara que adorava beber e eu passei a acompanhá-lo nas bebedeiras. A partir do nosso terceiro encontro, abandonei o preservativo. O álcool distorcia a minha visão da realidade. Dois meses depois do início do relacionamento, nós nos separamos. Sete anos mais tarde, por causa de uma febre alta que não cedia, descobri que estava com aids. Desconfio que peguei a doença daquele namorado. Mas não tenho certeza porque depois dele voltei a fazer sexo sem proteção. Infelizmente, existe a possibilidade de eu ter infectado outras pessoas sem saber".
Um estudo conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo revela que 44% dos brasileiros recém-diagnosticados com HIV (14.000 pessoas ao ano, segundo as estatísticas oficiais) só descobrem a infecção com a manifestação dos primeiros sintomas da doença, como aconteceu com a secretária C.A. Em média, da infecção aos primeiros sinais da doença transcorrem sete anos. Ou seja, ao longo de todo esse período, homens e mulheres infectados podem pôr a vida de outras pessoas em risco – além da sua própria. Graças à evolução dos coquetéis de remédios, os jovens de hoje formam a primeira geração que não presenciou a devastação causada pelo HIV nos anos 80. "Para essa juventude, a aids parece ser uma realidade distante", diz o sanitarista Alexandre Grangeiro, coordenador do trabalho da USP. "Além disso, como os retrovirais estão mais eficazes, os jovens superestimam os efeitos dos medicamentos e acreditam que podem tratar a aids como um mal crônico qualquer." De fato, tais remédios têm tudo para garantir uma longa vida ao jovem A.K., o estudante de 21 anos que acaba de se descobrir portador do HIV. A "normalidade" que ele imagina, no entanto, é uma ilusão. Apesar de todos os progressos na área farmacêutica, conviver com o HIV não é tão simples assim. Os remédios só fazem efeito se tomados à risca, apresentam efeitos colaterais desagradáveis e a quantidade pode chegar a nove comprimidos diários. O melhor é não ter de tomá-los. Muito melhor é ter responsabilidade. 


TEXTO: As alucinantes noites dos camicases
16.(D16) A tese defendida no texto é que
(A)a AIDS é algo patético
(B)a AIDS é causada pelo uso de bebidas
(C)a AIDS é coisa de “gay”
(D)o coquetel previne a AIDS
(E)o uso de preservativo é fundamental

Semiótica


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A Semiótica (do grego σημειωτικός (sēmeiōtikos) literalmente "a ótica dos sinais"), é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ambos os termos são derivados da palavra grega σημεῖον (sēmeion), que significa "signo", havendo, desde a antiguidade, uma disciplina médica chamada de "semiologia". Foi usada pela primeira vez em Inglês por Henry Stubbes (1670), em um sentido muito preciso, para indicar o ramo da ciência médica dedicado ao estudo da interpretação de sinais. John Locke usou os termos "semeiotike" e "semeiotics" no livro 4, capítulo 21 do Ensaio acerca do Entendimento Humano (1690).

Mais abrangente que a lingüística, a qual se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico - Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciência, etc.

Surgiu, de forma independente, na Europa e nos EUA. Mais frequentemente, costuma-se chamar "Semiótica" à ciência geral dos signos nascidas do americano Charles Sanders Peirce e "Semiologia" à vertente europeia do mesmo estudo, as quais tinham metodologia e enfoques diferenciados entre si[1].

Na vertente europeia o signo assumia, a princípio, um caráter duplo, composto de dois planos complementares - a saber, a "forma" (ou "significante", aquilo que representa ou simboliza algo) e o "conteúdo" (ou "significado" do que é indicado pelo significante) - logo a semiologia seria uma ciência dupla que busca relacionar uma certa sintaxe (relativa à "forma") a uma semântica (relativa ao "conteúdo").

Mais complexa que a vertente europeia, em seus princípios básicos, a vertente peirciana considera o signo em três dimensões, sendo o signo, para esta, "triádico". Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura, do conceito ou da ideia.

Posteriormente, teóricos europeus como Roland Barthes e Umberto Eco preferiram adotar o termo "Semiótica", em vez de "Semiologia", para a sua teoria geral dos signos, tendo, de fato, Eco se aproximado mais das concepções peircianas do que das concepções européias de origem em Saussure e no Estruturalismo de Roman Jakobson.

Cquote1.svg A semiótica é um saber muito antigo, que estuda os modos como o homem significa o que o rodeia. Cquote2.svg

Índice

[esconder]

[editar] Origens do estudo geral dos signos

É importante dizer que o saber foi estudado, inicialmente, constituído por uma dupla face. A face semiológica (relativa ao significante) e a epistemológica (referente ao significado das palavras).

A semiótica tem, assim, a sua origem na mesma época que a filosofia e disciplinas afeitas. Da Grécia até os nossos dias tem vindo a desenvolver-se continuamente. Porém, posteriormente, há cerca de dois ou três séculos, é que se começaram a manifestar aqueles que seriam apelidados pais da semiótica (ou semiologia).

Os problemas concernentes à semiologia e à semiótica, assim, podem retroceder a pensadores como Platão e Santo Agostinho, por exemplo. Entretanto, somente no início do século XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, o estudo geral dos signos começa a adquirir autonomia e o status de ciência.

[editar] Charles Sanders Peirce

Charles Sanders Peirce

No estudo geral dos signos Charles Sanders Peirce (1839-1914) seria o pioneiro daquela ciência que é conhecida como "Semiótica", usando já este termo, que John Locke, no final do século XVII, teria usado para designar uma futura ciência que estudaria, justamente, os signos em geral[2]. Para Peirce, o Homem significa tudo que o cerca numa concepção triádica (primeiridade, secundidade e terceiridade), e é nestes pilares que toda a sua teoria se baseia.

Num artigo intitulado “Sobre uma nova lista de categorias”, Peirce, em 14 de maio de 1867, descreveu suas três categorias universais de toda a experiência e pensamento. Considerando tudo aquilo que se força sobre nós, impondo-se ao nosso reconhecimento, e não confundindo pensamento com pensamento racional, Peirce concluiu que tudo o que aparece à consciência, assim o faz numa gradação de três propriedades que correspondem aos três elementos formais de toda e qualquer experiência. Essas categorias foram denominadas:

  • Qualidade;
  • Relação;
  • Representação.

Algum tempo depois, o termo Relação foi substituído por Reação e o termo Representação recebeu a denominação mais ampla de Mediação. Para fins científicos, Peirce preferiu fixar-se na terminologia de Primeiridade, Secundidade e Terceiridade.

Primeiridade - a qualidade da consciência imediata é uma impressão (sentimento) in totum, invisível, não analisável, frágil. Tudo que está imediatamente presente à consciência de alguém é tudo aquilo que está na sua mente no instante presente. O sentimento como qualidade é, portanto, aquilo que dá sabor, tom, matiz à nossa consciência imediata, aquilo que se oculta ao nosso pensamento. A qualidade da consciência, na sua imediaticidade, é tão tenra que mal podemos tocá-la sem estragá-la. Nessa medida, o primeiro (primeiridade) é presente e imediato, ele é inicialmente, original, espontâneo e livre, ele precede toda síntese e toda diferenciação. Primeiridade é a compreensão superficial de um texto (leia-se texto não ao pé da letra; ex: uma foto pode ser lida, mas não é um texto propriamente dito).

Como Luis Caramelo explica no seu livro Semiotica uma introdução, "A primeiridade diz respeito todas as qualidades puras que, naturalmente, não estabelecem entre si qualquer tipo de relação. Estas qualidades puras traduzem-se por um conjunto de possibilidades de vir a acontecer(…)". Desta forma, temos, no nosso mundo o acontecimento ou possibilidade "chuva", mas é apenas isso, apenas possibilidade existencial. Caso localizemos chuva como um acontecimento, por exemplo "está a chover" estamos perante a secundidade.

Secundidade - a arena da existência cotidiana, estamos continuamente esbarrando em fatos que nos são "externos", tropeçando em obstáculos, coisas reais, factivas que não cedem ao sabor de nossas fantasias. O simples fato de estarmos vivos, existindo, significa, a todo momento, que estamos reagindo em relação ao mundo. Existir é sentir a acção de fatos externos resistindo à nossa vontade. Existir é estar numa relação, tomar um lugar na infinita miríade das determinações do universo, resistir e reagir, ocupar um tempo e espaço particulares. Onde quer que haja um fenômeno, há uma qualidade, isto é, sua primeiridade. Mas a qualidade é apenas uma parte do fenômeno, visto que, para existir, a qualidade tem que estar encarnada numa matéria. O fato de existir (secundidade) está nessa corporificação material. Assim sendo, Secundidade é quando o sujeito lê com compreensão e profundidade de seu conteúdo. Como exemplo: "o homem comeu banana", e na cabeça do sujeito, ele compreende que o homem comeu a banana e possivelmente visualiza os dois elementos e a ação da frase.

A palavra chave deste conceito é ocorrência, o conceito em ação. É desta forma, também, uma atualização das qualidades da primeiridade.

Terceiridade - primeiridade é a categoria que dá à experiência sua qualidade "distintiva", seu frescor, originalidade irrepetível e liberdade. Secundidade é aquilo que dá à experiência seu caráter "factual", de luta e confronto. Finalmente, Terceiridade corresponde à camada de "inteligibilidade", ou pensamento em signos, através da qual representamos e interpretamos o mundo. Por exemplo: o azul, simples e positivo azul, é o primeiro. O céu, como lugar e tempo, aqui e agora, onde se encarna o azul é um segundo. A síntese intelectual, elaboração cognitiva – o azul no céu, ou o azul do céu -, é um terceiro. A terceiridade, vai além deste espectro de estrutura verbal da oração. Ou seja, o indivíduo conecta à frase a sua experiência de vida, fornece à oração, um contexto pessoal. Pois "o homem comeu a banana" pode ser ligado à imagem de um macaco no zoológico; à cantora Carmem Miranda; ao filme King Kong; enfim, a uma série de elementos extra-textuais.

Sucintamente, podemos dizer que terceiridade está ligada a nossa capacidade de previsão de futuras ocorrências da secundidade, já que não só conhecemos o acontecimento na medida de possibilidade natural, como já o vimos em acção, e como tal, já nos é intrínseco. Desta forma já podemos antecipar o que virá a acontecer.

Também para Peirce há três tipos de signos:

  • O ícone, que mantém uma relação de proximidade sensorial ou emotiva entre o signo, representação do objeto, e o objeto dinâmico em si; o signo icónico refere o objecto que denota na medida em que partilha com ele possui caracteres, caracteres esse que existem no objecto denotado independentemente da existência do signo. - exemplo: pintura, fotografia, o desenho de um boneco. É importante falar que um ícone não só pode exercer esta função como é o caso do desenho de um boneco de homem e mulher que ficam anexados à porta do banheiro indicando se é masculino ou feminino, a priori é ícone, mas também é símbolo, pois ao olhar para ele reconhecemos que ali há um banheiro e que é do gênero que o boneco representa, isto porque foi convencionado que assim seria, então ele é ícone e símbolo;
  • O índice, ou parte representada de um todo anteriormente adquirido pela experiência subjetiva ou pela herança cultural - exemplo: onde há fumaça, logo há fogo. Quer isso dizer que através de um indício (causa) tiramos conclusões. Ainda sobre o que nos diz este autor, é importante referir que «um signo, ou representamen, é qualquer coisa que está em vez de (stands for) outra coisa, «em determinado aspecto ou a qualquer título», (e que é considerado «representante» ou representação da coisa, do objecto - a matéria física) e, por último, o «interpretante» - a interpretação do objecto. Por exemplo, se estivéssemos a falar de "cadeira", o representante seria o conceito que temos de cadeira. Sucintamente, o índice é um signo que se refere ao objecto denotado em virtude de ser realmente afectado por esse objecto.

O objeto seria a cadeira em si e o interpretante o modo como relacionamos o objeto com a coisa representada, o objeto de madeira sobre o qual nos podemos sentar. Sobre isto é interessante ver a obra "One and three chairs" do artista plástico Joseph Kosuth. A principal característica do signo indicial é justamente a ligação física com seu objeto, como uma pegada é um "indício" de quem passou. A fotografia, por exemplo, é primeiramente um índice, pois é um registro da luz em determinado momento.

  • O símbolo, "é um signo que se refere ao objecto que denota em virtude de uma lei, normalmente uma associação de ideias gerais que opera no sentido de fazer com que o símbolo seja interpretado como se referindo aquele objecto". by Luis Caramelo

Veja também uma exposição detalhada da rede de conceitos da semiótica peirceana em semiotica pragmaticista e pragmaticismo

[editar] Ferdinand de Saussure

Ferdinand de Saussure

Um outro autor, considerado pai da semiologia, a vertente europeia do estudo dos signos, por ser o primeiro autor a criar essa designação e a designar o seu objeto de estudo, é Ferdinand de Saussure (1857-1913). Segundo este, a existência de signos - «a singular entidade psíquica de duas faces que cria uma relação entre um conceito (o significado) e uma imagem acústica (o significante) - conduz à necessidade de conceber uma ciência que estude a vida dos sinais no seio da vida social, envolvendo parte da psicologia social e, por conseguinte, da psicologia geral. Chamar-lhe-emos semiologia. Estudaria aquilo em que consistem os signos, que leis os regem.»

A concepção de Saussurre relativamente ao signo, ao contrário da de Peirce, distingue o mundo da representação do mundo real. Para ele, os signos (pertencentes ao mundo da representação) são compostos por significante - a parte física do signo - e pelo significado, a parte mental, o conceito. Colocando o referente (conceito correspondente ao de objecto por Peirce) no espaço real, longe da realidade da representação. Para Saussure (com excepção da onomatopeia), não existem signos motivados, ou seja, com relação de causa-efeito. Divide os signos em dois tipos: os que são relativamente motivados (a onomatopeia, que em Peirce corresponde aos ícones), e os arbitrários, em que não há motivação. Leia-se que esta motivação é a tal relação que Peirce faz entre representação e objecto e que, na visão de Saussure, parece não fazer sentido. Esta visão pode ser tida como visão de face dual. Para Saussure, existem assim dois tipos de relações no signo:

1 - as «relações sintagmáticas», as da linguagem, da fala, a relação fluida que, no discurso ou na palavra (parole), cada signo mantém em associação com o signo que está antes e com o signo que está depois, no «eixo horizontal», relações de contextualização e de presença (ex: abrir uma janela, em casa ou no computador)

2 - as «relações paradigmáticas», as «relações associativas», no «eixo vertical» em ausência, reportando-se à «língua» (ex: associarmos a palavra mãe a um determinado conceito de origem, carinho, ternura, amor, etc…), que é um registo «semântico», estável, na memória coletiva de um ser ou instrumento.

[editar] Louis Hjelmslev

Louis Hjelmslev (1899-1965) complexifica os conceitos utilizados por Saussure. Segundo Hjelmslev, e por uma questão de clareza, a expressão deverá substituir o termo saussuriano de significante, assim como o conteúdo deve substituir o de significado. Tanto a expressão como o conteúdo possuem dois aspectos, a forma e a «substância» - que em Saussure são por vezes confundidos com significante e significado. Os signos são por isso, para Hjelmslev, constituídos por quatro elementos e não dois, como propunha Saussure.

[editar] Umberto Eco

Umberto Eco

Sendo o mais proeminente europeu a usar o termo "Semiótica", Umberto Eco (1932), além de ser um dos que tentaram resumir de forma mais coerente todo o conhecimento anterior, procurando dissipar dúvidas e unir ideias semelhantes expostas de formas diferentes, introduz novos conceitos relativamente aos tipos de signos que considera existir. São os «diagramas», signos que representam relações abstractas, tais como fórmulas lógicas, químicas e algébricas; os «emblemas», figuras a que associamos conceitos (ex: cruz → cristianismo); os «desenhos», correspondentes aos ícones e às inferências naturais, os índices ou indícios de Peirce; as «equivalências arbitrárias», símbolos em Peirce e, por fim, os «sinais», como por exemplo o código da estrada, que sendo indícios, se baseiam num código ao qual estão associados um conjunto de conceitos.

[editar] Roman Jakobson

Roman Jakobson, nascido em Moscovo (Moscou PB), em 1896, introduziu o conceito das funções da linguagem:

  • a emotiva, que «denota» a carga do emissor na mensagem;
  • a injuntiva, relativa ao destinatário;
  • a referencial, relativa àquilo de que se fala;
  • a fática, relativa ao canal da comunicação;
  • a metalinguística, relativa ao código;
  • a poética, relativa à relação da mensagem consigo mesma.

Se Jakobson fala das funções da linguagem, Guiraud diferencia os códigos. E é nos códigos lógicos que está o mais importante para os signos. Nestes, ele releva os «paralinguísticos», associados a aspectos da linguagem verbal (ex: escritas alfabética, escritas idogramáticas). Associar números a pedras é ter e ser um código deste tipo: códigos práticos, ligados às sinaléticas, às programações e a códigos de conhecimento o (ex: sinais de trânsito) e, por último, os epistemológicos, ou específicos de cada área científica.

[editar] Morris e Greimas

Morris e Algirdas Julius Greimas dizem-nos que tudo pode ser signo consoante a nossa interpretação, deixando em estado mais abrangente o conceito de signo. Porém, Morris diz-nos ainda que estes se dividem em

  • Sintáctico, ao nível da estrutura dos signos, o modo em como eles se relacionam e as suas possíveis combinações,
  • Semântico, analisando as relações entre os signos e os respectivos significados,
  • Pragmático, estudando o valor dos signos para os utilizadores, as reacções destes relativamente aos signos e o modo como os utilizamos.

[editar] Lingüística e Semiologia

A Linguística era um dos campos da Semiologia; hoje em dia, essas ciências trabalham lado a lado.

Segundo alguns autores, a semiótica nunca foi considerada parte da lingüística, sendo mais natural considerar-se o contrário, posto que a língua é apenas mais um sistema de signos entre tantos. De fato, ela se desenvolveu quase exclusivamente graças ao trabalho de não-lingüistas, particularmente na França, onde é frequentemente considerada uma disciplina importante. No mundo de língua inglesa, contudo, não desfruta de praticamente nenhum reconhecimento institucional.

Embora a língua seja, normalmente, considerada o caso paradigmático do sistema de signos, grande parte da pesquisa semiótica atual se concentrou na análise de domínios tão variados como os mitos, a fotografia, o cinema, a publicidade ou os meios de comunicação. A influência do conceito linguístico central de estruturalismo, que é mais uma contribuição de Saussure, levou os semioticistas a tentar interpretações estruturalistas (ver estruturalismo) num amplo leque de fenómenos. Objetos de estudo, como um filme ou uma estrutura de mitos, são encarados como textos que transmitem significados, sendo esses significados tomados como derivações da interação ordenada de elementos portadores de sentido, os signos, encaixados num sistema estruturado, de maneira parcialmente análoga aos elementos portadores de significado numa língua.

Quando deliberadamente enfatiza a natureza social dos sistemas de signos humanos, com exceção daqueles pertencentes à sua natureza, a semiótica tende a ser altamente crítica e abstrata. Nos últimos anos, porém, os semioticistas se voltam cada vez mais para o estudo da cultura popular, sendo hoje em dia comum o tratamento semiótico das novelas de televisão e da música popular.

Referências

  • HIPPÓLYTO, Fernando. Operações psicológicas: Abordagem semiótica da comunicação na guerra moderna. Natal: UnP, 2007.
  • KLANOVICZ, Jó. Fontes abertas: Inteligência e o uso de imagens. In: Revista brasileira de inteligência. Vol. 2, nº. 2. Brasília: Abin, 2006.
  • NÖTH, Winfried. A semiótica no século XX. Coleção E, volume 5. São Paulo: Annablume, 1996.
  • SANTAELLA, Lucia. A teoria geral dos signos. 1 ed., São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
  • SANTAELLA, Lucia. O que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983. (Coleção primeiros passos)
  • SANTAELLA, Lucia. Semiótica aplicada. 1 ed., São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
  • SANTAELLA, Lucia & NÖTH, Winfried. Imagem - cognição, semiótica, mídia. São Paulo: Iluminuras, 1997.
  • PEIRCE, Charles Sanders. Estudos coligidos. Tradução: A. M. D'Oliveira. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
  • PIGNATARI, Décio, FERRARA Lucrécia D'Alessio, FERLAUTO, Claudio, ALONSO, Carlos E.; Semiótica - Manual de Leitura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, USP.

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

Kamikaze

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um Kamikaze, Mitsubishi Zero neste caso, prestes a colidir com o USS Missouri.

Kamikaze (神風 kamikaze?, kami significando "deus" e kaze, "vento") é uma palavra japonesa — comum por ter se tornado o nome de um tufão que dizem ter salvo o Japão em 1281 de ser invadido por uma frota líderada por Kublai Khan, conquistador do Império Mongol.

Os Kamikaze Tokubetsu Kōgekitai (神風特別攻撃隊 kamikaze tokubetsu kōgekitai?, lit. Unidade de Ataque Especial do Vento Divino), também conhecidos como Tokkō Tai (特攻隊 tokkō tai?, lit. Unidade de Ataque Especial) ou Tokkō (特攻 tokkō?, lit. Ataque Especial) foram unidades de ataque suicida por aviadores militares do Império Japonês contra navios dos Aliados nos momentos finais da campanha do Pacífico na Segunda Guerra Mundial, destinados a destruir o máximo possível de navios de guerra.

Índice

[esconder]

[editar] Segunda Guerra Mundial

Grupo de jovens Kamikazes.

Os pilotos japoneses arremessavam seus aviões contra os navios inimigos pois não tinham combustível o suficiente para chegar em uma base segura. Há um relato de um japonês que tentou colidir com um navio no seu avião mas foi abatido antes de chegar ao alvo, sobrevivendo logo após a queda no mar. Isto fez com que ele sentisse muita vergonha por não ter conseguido cumprir sua missão.

Existem versões diferentes para a verdadeira história da criação do tipo Kamikaze. Durante os combates aéreos da Guerra do Pacífico, muitos pilotos, sobrevoando diretamente os navios inimigos ou instalações em terra, se viram em situações de gravemente feridos ou o avião muito avariado. Em tais situações, muitos optaram enquanto era possível manobrar a aeronave, por um mergulho suicida contra o objetivo inimigo. Essas ocasiões não raras, ainda não eram consideradas verdadeiramente um ataque-suicida e sim uma maneira de atingir o objetivo uma vez que havia mínimas chances de sobrevivência, pois não havia equipamentos de salvamento, tais como, paraquedas.

O ataque Kamikaze foi um assunto totalmente diverso, pois nesta operação, o piloto ou a tripulação inteira de um avião atacante, eliminava até a mais remota probabilidade de salvamento, uma vez empenhado no mergulho mortal contra o inimigo.

A morte era a companheira do piloto Kamikaze, tal como foi, a do Kaiten - torpedo humano empregado nos últimos estágios da guerra. O caça Zero (Mitsubishi A6M Zero), durante muito tempo a principal arma da marinha, representou o principal papel para estas atividades.

Havia boas razões para tal :

  1. Quantidade, pois era o avião mais produzido no Japão;
  2. Performance , que lhe permitia romper as defesas antiaéreas dos navios, bem como a sua alta manobrabilidade para escapar dos caças Hellcat (F6F Hellcat).

Junto a isto o elemento humano. Naturalmente o estado de espírito dos aviadores japoneses, estavam num estado de exaltação muito grande. Devido ao costume sacramentado e a cultura japonesa de que a derrota ou o fracasso em sua missão era motivo de desonra, não hesitavam em executá-las da melhor forma possível.

Outro ponto era de que não reconheciam a existência como prisioneiro de guerra, a captura pelo inimigo devia ser mais temida do que a morte, porque a captura sempre era acompanhada de desgraças para a família na pátria.

Em tais circunstâncias, então a Força Aérea da Marinha Japonesa planejou e finalmente aprovou e executou ações como ataques-suícidas.

Um dos mais bem sucedidos ataques Kamikazes ocorreu no dia 25 de Novembro de 1944. Vinte e sete caças bombardeiros convergiam para força-tarefa inimiga; um grupo de seis Zeros, comandados pelo tenente Kimiyoshi Takatake, em seu caminho para encontrar os demais aviões do grupo, avistaram e atacaram o grande porta-aviões Essex e o Independence.

Historiadores militares mencionam que ataques aéreos contra frotas coordenadas e em movimento, na época atingiam uma eficiência em torno de 10%, com os ataques Kamikazes este número de aproximava de 30%.

Hiroyoshi Nishizawa o maior piloto do Japão ofereceu-se como voluntário para uma missão Kamikaze mas sua oferta foi recusada.

Cerca de 2.525 pilotos morreram em ataques Kamikaze, causando a morte de 4.900 soldados aliados e deixando mais de 4 mil feridos. O número de navios afundados é controverso. A propaganda japonesa da época divulgava que os ataques conseguiram afundar 81 navios e danificar outros 195. A Força Aérea Americana alega que 34 barcos afundaram e 368 ficaram danificados.[1]

Ao término da guerra o Vice-Almirante Takijiro Onishi, vice-chefe do Estado Maior Geral da Marinha e criador das operações Kamikaze, preferiu a morte por hara-kiri, assim terminava a história dos Kamikazes, mas o legado havia ficado.

Obs: Os capacetes utilizados pelos Kamikazes serviam não apenas para proteção, e não eram também somente mais um artigo dos seus uniformes, mas também serviam para comunicação, uma vez que os rádios se localizavam nos capacetes.

[editar] Aeronaves

[editar] Os primeiros ataques

No mínimo existe uma fonte que cita que aviões Japoneses arremessaram-se contra o USS Indiana e o USS Reno


Primeira missão Kamikaze. Hiroyoshi Nishizawa escoltou os pilotos que relizaram este 1º ataque Kamikaze em 25 de Outubro de 1944.
Yokosuka MXY-7 Ohka: a "bomba voadora Kamikaze" desenvolvida pelo Japão.

[editar] Defesa do Japão

Os ataques Kamikazes(2008 - eram coordenados em grupo e alguns deles custaram-lhes seis semanas) faziam parte do plano para a defesa do Japão. Os Estados Unidos repudiados com a atitude dos Kamikazes fizeram pintar os quartos no desfecho da trágica guerra. A força aérea imperial japonesa chegou a desenvolver aviões especiais para estas missões suicidas, o seu principal objectivo era infligir enormes baixas nas forças Aliadas de modo a estes não invadirem a ilha principal do Japão.


Ataque Kamikaze ao USS Essex em 25 de Novembro de 1944.
St. Lo explode após ataque Kamikaze.
Porta-aviões britânico HMS Victorious após o ser atingido por três Kamikazes. Ele resistiu ao ataque.

[editar] Ver também

Referências

  • M.Okumiya/Cadin, Martin - ZERO Asas Japonesas na Guerra (1941-1945)- Editora Flamboyant,s/data
  • Coleção de Vídeos - Airwars - Kamikase: The Divine Wind. Cromwel Productions - 2002

[editar] Ligações externas

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